domingo, 15 de maio de 2011

Estive doente - poema de um louco anônimo

Estive doente
doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.
Dos olhos que viram mulheres formosas
da boca que disse poemas em brasa
dos nervos manchados de fumo e café.
Estive doente
estou em repouso, não posso escrever,
Eu quero um punhado de estrelas maduras
eu quero a doçura do verbo viver.

(De um louco anônimo - Transcrito por Caco Barcelos na reportagem "Crime e Loucura", publicada na extinta Folha da Manhã, Porto Alegre, RS.)


Nov 19, '04 11:24 AM
para todos

2 comentários:

  1. Menina das meias coloridas: creio que o poema não é anônimo.
    Veja: https://www.facebook.com/pedroluiz.s.osorio

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    1. Este poema foi recolhido da parede de um manicômio ma Bolívia, na década de 50 e foi publicado na revista O Cruzeiro.

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