Ê tempo confuso! Há dias venho aqui olho pra tela e nada sai. Primeiro a notícia de uma morte, depois aniversário da minha tia que já partiu, minha vózinha querida chegou no Rio, depois ela e minha mãe viajaram e hoje é aniversário da minha mãe. Muita coisa muita coisa. Pra completar estourei meu pé e ainda devido a todos os remédios que tomei, meu estômago parecia estourar outro dia. Muita coisa muita coisa. Queria poder gritar, me jogar no mar, qualquer coisa. Vê se o turbilhão passa. Sem vontade de querer trabalhar, pensando em me levar pra Arraial ou me esconder no meu quarto e lá ficar. Muita coisa muita coisa. Eu achava que o grupo já tava formado, e agora quero me livrar de três pessoas. Duas são certas, a outra vou ter que aguentar. Mas agora penso em sair de lá. Muita coisa rondando. Matéria na revista. Arritmia. A tosse que não passa nunca e a vontade de fumar. Estar sozinha num domingo à noite sem ninguém telefonar. Muita coisa muita coisa. A morte sempre nos faz pensar. E também sempre dá vontade de fugir. Tempo estranho esse. Um turbilhão passa pelo pensamento e nada fica, angústia no ar. Não querer fazer nada e querer fazer muito. Na verdade, vontade de mudar tudo. Impossível falar com alguém agora. Você consegue acompanhar meu pensamento? Até o blog que me fazia tanto rir fechou. Vontade de ler Caio, deitada na rede, no apartamento de Copa, tomando uma cerveja e fumando um cigarro, sabendo que a qualquer momento a Fê entraria por aquela porta e iríamos para algum lugar dançar, beber, se divertir. Vontade de ligar pro Mike. Vontade de ver a Tê. Entre passado e mortos, novos caminhos surgem. Caminhos de saudade, solidão, confusão. É isso agora. Vontade de brincar de amarelinha, de fazer maria-chiquinha. Vontade de ficar só. De esquecer o passado ou de uma vez por todas entender porque a matéria da revista dói tanto. Vontade de descobrir porque a Vogue brasileira é tão ruim. Muita coisa muita coisa. Vontade de tudo e de nada. De me sentir um tanto looser. Vontade de escrever e não saber direito o quê. E se perder. E tomar outro rumo. Muita coisa muita coisa.
Eu quis dar uma casa nova para antigos textos (meus e de outros que, de alguma forma, mexeram comigo). Entre 2004 e 2008, eu usei o Multiply, nele conheci várias pessoas interessantes, escrevi muito (bastante inspirada por Caio Fernando Abreu e Sylvia Plath), tive contato com muita música, poesia, fotografia e outras artes em geral. Os textos estão desordenados porque o Multiply acabou, o computador antigo incendiou e muito não foi salvo como deveria.
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